A formulação de rações tem por objetivo traduzir as necessidades nutricionais teóricas em necessidades alimentares reais (Andriguetto et al., 2003), ou seja, busca definir a quantidade de alimentos que devem ser fornecidos para um animal durante um período, sendo que o conjunto de alimentos deve estar equilibrado nutricionalmente.
Assim será ingerido em quantidades suficientes e assegurará o fornecimento dos nutrientes exigidos pelos animais para pleno desenvolvimento e manutenção das funções vitais.
Segundo NRC (2000) a formulação da ração pode ser dividida em três etapas:
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Estimativa das exigências nutricionais dos animais;
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Cálculo dos nutrientes fornecidos pelos alimentos;
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Modelagem do problema para a obtenção de uma ração que possa atender as exigências dos animais.
Este processo é de fundamental importância na criação de animais domésticos e está intimamente relacionado com a viabilidade técnica e econômica do sistema de produção animal.
Segue algumas dicas fundamentais para considerar na hora de formular uma ração:
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Caracterizar o animal
Nesse item devemos levar em consideração a espécie, a raça e suas especificidades, etapa fisiológica em qual o animal se encontra (Ex: cria/engorda/lactação), sexo e as condições sanitárias em qual ele se encontra.
Nesse caso, essa caracterização é parte fundamental para determinar a exigência nutricional específica do animal escolhido (Teores de energia, proteína, relação Cálcio e Fósforo e quanto aos aminoácidos essenciais).
Devida atenção para a função fisiológica para estabelecer qual nutriente é o mais importante para o animal! E sabendo disso, alguns fatores que também vão influenciar nas exigências:
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Raça do animal;
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Condições sanitárias;
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Sexo;
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Clima;
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Idade.
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Levantar a composição química do alimento
Nesse item levantamos a composição química do alimento unido a tabela de exigência do animal para conservarmos os nutrientes de maior interesse que vai depender de fatores como:
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Sistema de criação;
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Sistema de alimentação;
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Qual a forma física da ração que estou fornecendo (influência no consumo);
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Se existe separação de sexo;
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Disponibilidade de matérias primas (quantidade x qualidade x custo);
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Conversão alimentar da matéria no lote;
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Fatores antinutricionais, atenção às limitações do ingrediente pois este poderá prejudicar o aproveitamento e provocará efeito contrário, diminuindo a biodisponibilidade dos nutrientes.
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