O ouro da pecuária de corte é a nutrição dos bovinos, uma vez que a dieta deve atender as exigências nutricionais com teores balanceados de fibras, proteína e energia para que a cadeia produtiva seja otimizada e atenda às necessidades do mercado.
Sabemos que a maioria da produção da carne brasileira vem do sistema de criação a pasto, onde trata-se de um regime que reduz o custo de produção demonstrando eficiência e lucratividade.
É fundamental seguir previamente todos os cuidados com a formação da pastagem para ter sucesso no manejo, sendo um ponto importante a escolha do capim levando em consideração a produtividade do pasto e o paladar do rebanho.
A definição da escolha do capim e ter um planejamento do manejo dessa pastagem é fundamental para que o pecuarista tenha um alimento nutritivo durante o ano todo.
O Brasil possui um vasto território onde sofre influência de vários fatores (clima, solo, região) e cada forrageira possui uma característica adaptativa podendo ser muito boas ou não em uma determinada região.
As espécies mais utilizadas em nosso país são: Mombaça, Marandu e a Brachiaria decumbens. Conhecidas por causa da rusticidade, palatabilidade, produtividade, capacidade de se adaptarem a condições climáticas e níveis de fertilidade do solo.
Comumente, elas são divididas em três grupos, de acordo com as suas características botânicas, bem como suas capacidades adaptativas e produtivas: Coloniões, braquiárias e tiftons.
Coloniões:
Maior capacidade produtiva, alto potencial nutritivo (necessita de um solo consideravelmente fértil) e suporta 4-5 animais/ha. O grupo dos coloniões é conhecido por abranger as gramíneas do gênero Panicum, podendo ser destacado por alguns exemplos como: Capim-mombaça, capim-massai, capim-tanzânia, BRS Zuri e BRS Quênia.
Brachiárias:
O grupo mais conhecido do Brasil. Forrageiras flexíveis, adaptadas a solo pouco férteis, resistentes ao pisoteamento e ao pastejo, sendo tolerantes ao frio e a seca. É comum que se divida o pasto com mais de uma braquiária, de modo que uma compense um ponto negativo da outra, sendo que as braquiárias têm boa palatabilidade e são nutritivas para o gado. Alguns exemplos famosos são: Brachiaria decubens, Brachiaria ruziziensis, BRS Piatã, BRS Paiaguás (indicado para períodos de seca) e BRS Ipyporã (alto valor nutritivo, sendo muito bom para a recria).

Tiftons:
Esse grupo engloba as forrageiras do gênero Cynodon, que são ainda mais produtivas do que os coloniões, resultando em boa produção de matéria seca, bom fornecimento de proteína bruta (PB) e boa digestibilidade. São excelentes para pastejo e produção de feno, possuem alta capacidade adaptativa, se dão bem em regiões quentes e são as espécies mais resistentes às geadas. Aceitam solos arenosos, argilosos ou mistos, desde que bem adubados, já que esses tipos de capins são exigentes nesse quesito pois não toleram solos encharcados nem ambientes sombreados. São comumente conhecidos como grama-bermuda ou capim-estrela, e as espécies e cultivares mais utilizadas são: Cynodon dactylon, Cynodon nlemfuensis, Cynodon plectostachyus, Tifton 68 e Tifton 85.

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