Cada vez mais a pecuária vem lançando mão de tecnologia e ciência em prol do desenvolvimento da atividade e aumento produtivo das propriedades. A Fertilização in vitro (FIV) em bovinos é uma prova bem sucedida disso.
No Brasil, o registro do primeiro bezerro nascido a partir do método de FIV é de 1994, de lá pra cá a técnica vem ganhando cada vez mais adeptos e se popularizando.
Assim, neste artigo você ficará a par dos pontos mais relevantes que precisa saber sobre a Fertilização In Vitro, a fim de avaliar a possibilidade de também implementá-la em sua propriedade. Continue a leitura e confira!
Fertilização in vitro de bovinos: o que saber?
Biotécnica empregada para acelerar a produção de bezerros que possuem uma genética superior, a FIG trata, então, da fecundação do oócito (nome dado ao gameta feminino, vulgarmente conhecido por ovo ou óvulo) de doadores previamente selecionados dentro de um laboratório.
O grande chamariz desta técnica, e que desperta o interesse de tantos produtores, é o fato de possibilitar que uma mesma fêmea reprodutora produza centenas de bezerros por ano. Além disso, através da FIV se torna possível a utilização de fêmeas geneticamente superiores que, por algum motivo, não podem se reproduzir naturalmente, evitando o descarte do animal.
Etapas da fertilização in vitro
Para que ocorra a produção de embriões in vitro, uma série de etapas importantes contempla o processo e têm relação direta com o sucesso ou fracasso do resultado obtido. São elas:
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Aspiração folicular: consiste na coleta de oócitos de fêmeas após a estimulação da ovulação. Este procedimento deve ser guiado pelo ultrassom, a fim de garantir a segurança da vaca e a precisão na coleta.
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Maturação ovocitária in Vitro: os oócitos da fêmea doadora são acondicionados em placas com meio de cultura para que a maturação seja finalizada em incubadora (por período de 24h).
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Fertilização in Vitro: os oócitos são colocados em nova placa contendo meio de fertilização onde serão co-cultivados com espermatozóides.
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Cultivo in Vitro: os possíveis zigotos (célula formada com a união do espermatozóide com o oócito) são novamente transferidos para nova placa. Dessa vez, contendo meio de cultura próprio para o desenvolvimento embrionário.
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Transferência de embriões para animais receptores: Observação dos embriões considerados viáveis para classificados e envasamento individual para que possam ser transferidos para vacas receptoras.
5 vantagens da fertilização in vitro de bovinos
Ao longo deste artigo, algumas vantagens de se utilizar o método de fertilização in vitro foram ressaltados, entretanto vale destacar alguns pontos positivos:
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Intervalos menores entre as coletas - a cada 15 dias uma nova aspiração folicular pode se feita;
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Qualidade genética do embrião - material genético do boi e fêmeas escolhidos por critérios de qualidade definidos;
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Melhor aproveitamento das fêmeas - oócitos podem ser coletados, fertilizados e transportados para animais que não apresentem anomalias reprodutivas;
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Eficiência na utilização do sêmen sexado - possibilita que o produtor tenha fêmeas com alto índice de melhoramento, sem a necessidade de descartar ou vender machos;
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Aceleração do melhoramento genético - redução de tempo em até três gerações;
Desvantagens da FIV em Bovinos
Apesar do número de vantagens ser maior e ao se aplicar a fertilização in vitro, se faz necessário chamar a atenção para alguns pontos como, por exemplo, o alto custo envolvido na aplicação da técnica.
Além disso, é a alta ocorrência de hematomas nos oócitos, ocasionados durante a aspiração, o que prejudica a eficácia do procedimento.
Com todas essas informações à mão e conhecendo a realidade do seu negócio, você já está mais preparado para uma tomada de decisão quanto à utilização da fertilização in vitro de bovinos.
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