Boa sorte mesmo é quando a oportunidade encontra o planejamento, e como parte disto o pecuarista não deve olhar para dentro da porteira pensando apenas no presente, mas sim pensando em estabelecer estratégias que vão fomentar um futuro seguro que se esquiva de prejuízos com a união da visão, flexibilidade, atitude positiva, coragem e foco: A meta é um sistema de criação de sucesso!
Quando pensamos em estratégia, pensamos em suplementação e em muitos trabalhos demonstram uma melhora nos índices zootécnicos dos animais suplementados, e por isso, hoje trouxemos alguns fatores importantes que devem ser considerados na hora de suplementar:
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A suplementação pode ser feita em qualquer época do ano, mas é fato que a melhor resposta é a da suplementação estratégica na seca, corrigindo então a limitação primária de proteína das pastagens e permite que o animal aumente o consumo da forrageira de baixa qualidade. Tal potencialização no consumo unido a um melhor aproveitamento dos nutrientes da forragem levam a caminhos proporciona uma melhora índices zootécnicos, como ganho de peso e taxas de concepção.
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Pastagem: Disponibilidade e qualidade são princípios fundamentais, é necessária uma boa massa de forragem para que a suplementação na seca tenha o efeito positivo esperado. O diferimento, ou vedação das pastagens é muito utilizada pelos produtores antes da seca para maximizar o acúmulo de forragem. Avaliar a forragem disponível e identificar os limitantes nutricionais, suplementar visando maximizar o consumo de forragem e otimizando a produção de energia a ser destinada a produção.
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Conforto é lei! No caso da suplementação, deve-se atentar ao espaçamento de cocho, ou seja, quantos centímetros estão disponíveis por cabeça tal medida, além de se diminuir um possível estresse por competição, a facilidade de acesso ao cocho para todos os animais tem efeito positivo no consumo do suplemento e em consequência disso uma uniformização do consumo pelo lote, melhorando o desempenho do rebanho.
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Quando pensamos em termos de ganho de peso, o desempenho para cada fase de vida do animal (estação de águas x estação seca) devem ser preferencialmente crescentes.
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Os níveis de inclusão ou quantidade de suplemento por cabeça, podem ser variados e a escolha deve ser baseada nos custos do suplemento e da arroba, bem como as metas estabelecidas pelo produtor.
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A eficiência do suplemento diminui à medida que se aumenta a quantidade que é fornecida para o animal, isso quer dizer que o segundo quilo de suplemento não proporciona o ganho de peso que o primeiro quilo proporcionou. Seja qual for a opção do produtor, é importante que ele tenha consciência dessas informações e sempre observe a relação custo-benefício da suplementação.
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Aproveitando o item anterior, deve-se também considerar que quanto maior o nível de suplementação, maior a tendência de o animal substituir pasto por suplemento, o que não é um problema desde que isto esteja contemplado no projeto. O uso estratégico de maiores níveis de suplementação permite elevar a produção de arrobas por hectare, aumentando o GMD e explorando a lotação por área.
Portanto, a estratégia alimentar adotada na propriedade é um dos definidores do sucesso ou do prejuízo da atividade, deve-se cada vez mais existir consciência de que o caminho da lucratividade e da sustentabilidade passa pela intensificação principalmente na nutrição.
Para isso, dispomos hoje no mercado das mais diversas tecnologias disponíveis ficando a critério do produtos e aos técnicos responsáveis ponderarem no uso destas tecnologias, sempre buscando aquelas que trarão a melhor relação custo: benefício.
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