O cenário atual em que estamos vendo a ascensão do bezerro com a união da redução da oferta boi para cocho, deixam os pecuaristas em alerta.
A relação de troca nunca preocupou tanto e o bezerro valendo ouro certamente colabora para a criação de estratégias para evitar prejuízos futuros. A conta tem que fechar e a produção deve seguir firme.
A reposição está batendo recordes influenciado pela alta do boi gordo, uma vez que o pecuarista de terminação consequentemente terá uma atenção especial ao setor de reposição para não sofrer com a queda na oferta de animais futuramente, atenuando a valorização do mesmo.
É válido lembrar que, diante desses fatores, a compra escalonada pode ser uma boa estratégia garantindo animais para um giro do sistema de produção.
De forma geral, a pecuária passará por mais um ano histórico com cotações máximas. Assim, o pecuarista que visa manter-se na atividade de forma lucrativa precisa aprender as lições de cada turbulência e volatilidade que o mercado atual proporciona.
Por isso, hoje falaremos um pouco sobre o famoso Ciclo Pecuário e quais as reais alternativas que os produtores têm diante desse cenário.

Basicamente, o ciclo da pecuária é um fenômeno construído pela flutuação dos preços do gado e da carne, com fases de baixa e de alta que sempre se repetem.
O ciclo pecuário tem seus pontos críticos e é natural que especialistas digam a famosa frase: “Quem manda no boi é a vaca!”, tal expressão se dá ao fato de que quando crescem as ofertas de bois gordos, os preços tendem a cair (Relação procura e oferta) e as demais categorias como bois magros, bezerros e matrizes também desvalorizam.
Assim, os pecuaristas, devido aos efeitos desse, irão vender mais vacas para o abate. Por sua vez, o abate de fêmeas aumenta a oferta de carne e os preços caem ainda mais.
Com tal redução do número de matrizes, fica comprometida a produção de bezerros sendo assim, a reposição dos animais do rebanho de cria e a oferta futura de bois para o abate também é comprometida (Cenário que se assemelha ao atual).
Depois de alguns anos, a queda na oferta de bois para abate e de novilhas para reposição das vacas descartadas força a elevação dos preços, recomeçando o ciclo.
As cotações atuais estão chegando a parâmetros que impactam e trazem aos pecuaristas questionamentos se as contas vão fechar como tamanha valorização da reposição influenciado ao valor da arroba do boi gordo atual e ainda dentro de um cenário delicado causado pela pandemia da COVID-19.
De tal modo que, diante do momento em que a pecuária brasileira se encontra é viável que nossos pecuaristas procurem a utilização de gestão, planejamento e ferramentas que vão diminuir o impacto desse flutuação e volatilidade dos preços a fim de trabalhar dentro do seguro e evitar um prejuízo na hora de fechar as contas.



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