A produtividade animal de animais em pastejo é determinada pelo consumo de matéria seca que abrange a ingestão diária de forragem, que por sua vez é uma função da taxa de consumo e o tempo de pastejo (Sollenberger et al., 2013). Essa produtividade é influenciada por uma série de pontos críticos separados nesses grupos, segundo Patrícia Rodrigues, tutora técnica da Rehagro:
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Processo de digestão que estão relacionados com a maturidade da forragem, valor nutritivo e digestibilidade,
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Fatores da ingestão que estão associados à estrutura do pasto como nafacilidade de apreensão e colheita de forragem durante o pastejo,
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Estágio fisiológico e nível de desempenho dos animais, que estão associados as exigências nutricionais e demanda por nutrientes.
De tal forma, citamos alguns fatores que podem interferir no sucesso do seu sistema de criação a pasto. Confira!
Efeitos de Estratégia de suplementação sobre o consumo de forragem:
A suplementação de animais a pasto visa suprir o que o pasto deixa de fornecer quando pensamos no quesito de qualidade e ganho estimado.
Alguns suplementos estimulam o consumo de forragem, principalmente os proteicos em pastagens que possuem uma baixa qualidade nutricional, visando uma melhora no desenvolvimento e na ação dos microrganismos presentes no ambiente ruminal, o que por sua vez, acarretará uma melhoria da digestibilidade da própria forragem.
Alguns suplementos promovem aumento do consumo de forragem com parte sendo substituída pelo suplemento, é o caso de suplementos protéicos energéticos com consumo dentro de uma faixa de consumo ideal e outros tem como objetivo promover a substituição do consumo de forragem pelo suplemento, resposta observada em suplementos com consumo maior relacionado a porcentagem de peso vivo do animal.
A alta disponibilidade de suplementos com aporte de energia no cocho, acarreta uma redução da necessidade do pastejo, reduzindo assim o consumo de forragem, já que o suplemento cumpre o seu papel e abrange boa parte das exigências do animal, promovendo então um possível aumento da taxa de lotação do seu pasto.
Disponibilidade de forragem e seu impacto na suplementação:
A suplementação a pasto durante o período seco do ano é uma estratégia não só para fornecer nutrientes e atender as exigências do animal nesse período crítico, mas também potencializar e otimizar os nutrientes fornecidos pela pastagem.
A pastagem ainda é a principal fonte de alimento mesmo durante a seca e a disponibilidade de forragem é um dos principais fatores limitantes no desempenho animal que pode causar um desequilíbrio nos benefícios da suplementação, podendo ser reduzidos ou até mesmo deixar de existir um efeito no animal, resultando em prejuízos econômicos e nutricionais e principalmente afetando o seu ganho de peso médio diário (GMD) é necessário que exista uma estratégia para reserva de forragem e um plano de suplementação para os evitar essa situação.
O seu pasto é quem dita a taxa de lotação:
A capacidade de suporte é o número máximo de animais que a pastagem consegue suportar, sem causar degradação e em consequência disso, sabemos que quem define a quantidade de animais é o pasto.
É fato que lotações acima da taxa de lotação resultam em baixo consumo, menor ganho de peso individual, alto risco de degradação do pasto e principalmente a falta de alimento.
Em oposto, lotações abaixo do adequado resultam em um pastejo desuniforme, perdas de qualidade do pasto e do ganho por área.
Por isso, é fundamental o cálculo e respeitar sempre a taxa de lotação da sua pastagem, quantificando a produção e a demanda de forragem para encontrar o número ideal de animais, garantindo assim a sustentabilidade do seu sistema de produção.
Adubação nitrogenada depende do seu sistema e do objetivo do seu sistema de produção:
A adubação nitrogenada é uma prática que visa a melhoria da produtividade e da qualidade da pastagem, causando um aumento da produção de forragem o que possibilita elevar a taxa de lotação da pastagem.
Entretanto, traçar um plano de adubação nitrogenada depende de diversos fatores tal como condições climáticas, eficiência de colheita do pasto, além de recursos financeiros e físicos, assim como deve-se considerar a viabilidade da utilização da adubação nitrogenada deve estar diretamente relacionada com a sustentabilidade do sistema.
A distância da fonte de água no pasto pode prejudicar a uniformidade do pastejo e consequentemente o aproveitamento da área!
Segundo pesquisadores, os bovinos em pastejo preferem andar áreas com média de 300 a 500 m de distância da fonte de água para pastejar.
Quando se deparam com um valor acima dessa média podem promover a desuniformidade no pastejo, pois irão evitar áreas distantes resultando em pontos de superpastejo e sub-pastejo.
Portanto, os animais que frequentam áreas muito distantes tendem a gastar mais tempo indo e voltando da fonte de água, o que reduz o tempo de pastejo, o consumo de forragem e, em consequência, o desempenho animal, além da redução do aproveitamento da área de pastagem.



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