A alimentação é o item mais oneroso dentro do custo individual nos sistemas de produção intensiva, e compreender como atua o organismo do gado em relação a dieta é indispensável para colocar na balança se o investimento está sendo viável.
Deve-se buscar animais mais eficientes na utilização dos nutrientes e, em consequência, disso reduzir o custo de produção, por isso é fundamental o planejamento de estratégia alimentar e nutricional, itens que fazem parte de uma propriedade com alta produtividade tendo um peso tão grande quanto o controle de cocho ou até mesmo manter o calendário de vacinas em dia.
A conversão alimentar de bovinos precisa ter um ótimo funcionamento para que toda a produtividade esperada seja efetiva. A conversão é um dos fatores determinantes para a engorda em todos os sistemas de criação.
CONVERSÃO ALIMENTAR EM BOVINOS
O índice de conversão alimentar refere-se ao quanto de alimento é ingerido na base matéria seca para que o animal ganhe um quilo de peso vivo, ou seja, a quantidade de matéria seca que é consumida com foco no ganho de 1 quilo de peso vivo do animal.
De modo simples e direto, é a eficiência com que o animal converte o alimento consumido em produtos comercializáveis.
Trata-se de um indicador de produtividade importante na nutrição animal e é calculada pelos índices de consumo de ração do animal em um período, dividido pelo seu ganho de peso neste mesmo período.
Quanto melhor for à conversão alimentar para uma mesma dieta, menor será o custo da @ engordada.
A eficiência econômica no manejo nutricional é basicamente fundamentada através do ganho de peso do animal, a conversão alimentar e o custo da dieta, tais métricas são fundamentais para alcançar o sucesso no sistema de produção.
Sabemos que para uma alcançar uma boa conversão é necessário que exista uma união de fatores, inicialmente pela própria alimentação oferecida, pois trata-se de um princípio fundamental.
Por sua vez, a qualidade de todos os ingredientes que são oferecidos ao seu gado deve ser a melhor e mais viável disponível e no mercado.
Sendo assim, o manejo de cocho tem grande importância quando se trata do estabelecimento de um bom manejo objetivando melhorar a conversão dos animais, iniciando com os alimentos e respeitando os princípios da nutrição e necessidades nutricionais específicas do animal/raça do rebanho. Válido dar uma atenção especial aos aditivos, como por exemplo a virginiamicina que vai influenciar diretamente na conversão alimentar.
COMO OBTER UMA BOA CONVERSÃO ALIMENTAR DE BOVINOS?
Para ter a produtividade garantida alcançando uma conversão alimentar desejável e como produto disso a engorda, algumas medidas devem ser adotadas e adequadas ao seu sistema de criação, como:
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Alimentação de qualidade, otimizando a dieta balanceada e com foco na ingestão de matéria seca do animal (IMS);
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Controle de ganho de peso na seca;
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Exigências nutricionais do animal sendo atendidas;
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Água em boas condições de consumo;
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Seguir as leis do bem-estar animal;
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Uso de aditivos que vão favorecer a absorção de nutrientes, digestão a melhorando então a conversão alimentar.
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Manejo adequado, estratégico e organizado.
É importante sabermos que além da importância do dos índices de conversão alimentar (CA) existem outros parâmetros que podem ajudar a analisar o bom desempenho do rebanho, como a eficiência alimentar (EA) que é o ganho de peso médio/ consumo médio de ração, nesse caso, quando existe um aumento na eficiência alimentar, entendemos que o animal utilizou melhor aquilo que comeu e aqui, um índice maior significa que houve melhora de desempenho.
De tal modo, dentro dos sistemas de produção o ideal é que o índice de conversão alimentar (CA) seja um número baixo na proporção de 1:1 (1kg de MS ingerida:1 kg de carne produzida), sendo assim, quando temos um aumento no número de Conversão Alimentar provavelmente será resultante de uma queda no desempenho, onde o gado estará comendo mais para produzir 1kg de carne.
E foi estabelecido o Consumo Alimentar Residual (CAR) que se tornou relevante para melhorar a eficiência do rebanho. Parâmetro este que é fenotipicamente independente do peso corporal e da taxa de crescimento do animal, baseando-se apenas na diferença entre o consumo de matéria seca observado e o consumo de matéria seca predito.
O CAR é o consumo ajustado para ganho médio diário e peso corporal, utiliza as três variáveis: o consumo de matéria seca, ganho médio diário e o peso metabólico.
Nesse caso, os animais mais eficientes são os que apresentam valores negativos, os que consomem menos alimentos para a mantença e para o ganho de peso, tal característica que possui baixa magnitude de herdabilidade.
Animais que produzem mais estão consumindo cada vez menos.
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Um controle adequado de tais parâmetros pode resultar em uma eficiência na utilização dos alimentos e, em longo prazo, reduzir os custos de produção na atividade, caindo o preço então da @ engordada.
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