Como o estresse térmico impacta na produtividade do rebanho?

Como o estresse térmico impacta na produtividade do rebanho?

Produtores de países tropicais, como o Brasil, possuem em suas listas de preocupações em garantir a alta produtividade e lucratividade em suas propriedades um item bastante sensível: o estresse térmico.

Este é um ponto de atenção em relação ao seu rebanho? De que forma o estresse térmico pode impactar nos seus resultados? Para se aprofundar neste assunto, continue a leitura!

O que é estresse térmico? 

Durante todo o ano, o rebanho pode ser impactado pelo clima, inclusive no inverno. Seja a exposição ao excesso de calor ou de frio, pode ocasionar mudanças na fisiologia do animal.

Além disso, essas variações podem desencadear o estresse térmico, condição de desconforto que pode ser observada pelo aumento da frequência respiratória (acima de 60 movimentos respiratórios por minuto) e o aumento da temperatura retal (acima de 39oC) do animal. 

Como consequência do estresse térmico observa-se, principalmente, a ineficiência produtiva e reprodutiva do rebanho.

Efeitos negativos do estresse térmico

São diversos os efeitos negativos que o estresse térmico pode ocasionar, o principal deles como dito anteriormente está relacionado a performance do rebanho.

Quando pensamos no contexto da pecuária leiteira, três consequências são mais percebidas: redução da produção de leite, nascimento de bezerras abaixo do peso médio e comprometimento do sistema imunológico da vaca.

 

Queda na produção de leite

 

Vacas que estão sob estresse térmico durante o período de lactação consomem menos alimentos o que leva a queda na produção do leite.

Para identificar esse comportamento, basta analisar o desempenho da produção de leite entre os meses de inverno e verão.

Caso sua propriedade não possua um sistema de resfriamento do rebanho, perceberá que sua produção é maior em meses mais frios.

Em contrapartida, as propriedades que são equipadas com sistemas de resfriamento, a média anual de produção de leite é homogênea, não apresentando grandes variações ao longo do ano.

Bezerros abaixo do peso

Estudos apontam que as bezerras nascidas de vacas que sofreram estresse térmico durante o período seco nascem em média com cinco quilos a menos do que as bezerras nascidas de vacas que tiveram conforto térmico.

Comprometimento do sistema imunológico

Estudos também apontam que vacas sob estresse térmico enquanto estão no período de transição sofrem com o comprometimento do seu sistema imunológico, tornando-se mais propícias a serem acometidas por determinadas doenças.

A fim de evitar os problemas mencionados até aqui, torna-se indispensável que o pecuarista adote iniciativas que garantam conforto térmico ao rebanho. 

Como evitar o estresse térmico?

É indicada a adoção de alguns mecanismos nas propriedades a fim de evitar os danos do estresse térmico como, por exemplo, os sistemas de resfriamentos, além do outras iniciativas listadas abaixo:

  • Disponibilidade de sombreamento artificial ou natural; 

  • Fornecimento de água potável e em quantidade suficiente para atender o rebanho, principalmente após a ordenha e nas horas mais quentes do dia;

  • Instalação de adequado sistema de refrigeração dos galpões com ventiladores, aspersores e nebulizadores, no caso de confinamento;

  • Pensar na disposição dos espaços e estruturas de forma a reduzir distâncias de deslocamento;

  • Manter os animais o menor tempo possível na sala de espera;

  • Instalação de ventiladores e aspersores;

  • Sala de espera com pé direito alto.

  • Dieta balanceada, contendo todos os nutrientes necessários para o nível de produção da vaca. 

  • Utilização de suplementação mineral para suprir a demanda por minerais. 

Assim, conforme apresentado ao longo do artigo, é fundamental que o pecuarista propicie ao animal ambiente, alimentação e sanidade adequados para que o rebanho responda com melhora na produtividade.

Leia também: O que é IATF e como utilizar essa estratégia?

 

Sobre a COIMMA

A Coimma é uma empresa respeitada pela sua história, pela sua contribuição no desenvolvimento da pecuária e pela sua participação ativa no mercado e na comunidade empresarial, tanto a âmbito estadual quanto no nacional.

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