O Brasil possui o maior rebanho bovino comercial do mundo, com um efetivo de 209 milhões de cabeças, ocupando a primeira posição na produção de carne (ABIEC, 2014). O cenário atual do mercado de carnes pressupõe a evolução dos sistemas de produção no sentido de buscar eficiência e qualidade do produto, visando obter competitividade e sustentabilidade, além do bem estar dos animais. Assim, a pecuária brasileira deve estabelecer as bases de um desenvolvimento sustentável, que se caracterize por ser economicamente menos vulnerável, socialmente mais justo e ecologicamente correto.
Segundo Cervieri (2005), o rendimento de carcaça é determinante sobre o custo de produção e sobre a rentabilidade da atividade de engorda, seja de animais terminados a pasto ou em confinamento. Vários fatores interferem sobre este: grupo genético, grau de acabamento da carcaça, idade, jejum pré-abate e nível energético da dieta. Por exemplo, à medida que o animal aumenta de peso e deposita mais gordura de cobertura, o rendimento de carcaça aumenta fazendo com que valores diferentes sejam obtidos, isso se o rendimento for calculado em relação ao peso vivo ou ao peso de corpo vazio (livre da digestão). Os valores com base no peso vivo são afetados pelo tempo de jejum e tipo de dieta (FERREIRA et al., 1999).
Entende-se por carcaça, o animal abatido, sangrado, esfolado, eviscerado, desprovido de cabeça, patas, rabada, glândula mamaria (fêmea) verga, exceto suas raízes e testículos (macho). Após sua divisão em meias carcaças retiram-se ainda os rins, gordura peri-renal e inguinal, ferida de sangria, medula espinhal, diafragma e seus pilares.
Rendimento de carcaça está relacionado com o peso do animal a ser abatido (vivo) e o peso da carcaça expresso em porcentagem.
Rendimento de carcaça quente = Peso de Carcaça Quente (Kg) *100
Peso vivo de abate (Kg)
Rendimento de carcaça fria = Peso de Carcaça Fria (Kg) * 100
Peso Vivo de Abate (Kg)
As funções primárias trato gastrintestinal (TGI) os seus órgãos acessórios são a digestão e a absorção de nutrientes essenciais para os processos metabólicos. Segundo Signoretti et al. (1999), a influência sobre o rendimento de carcaça, exigências de mantença e ganho de peso, está ligado diretamente a aspectos quantitativos das partes não integrantes da carcaça, que tendem a variar de acordo com a raça, estádio de maturidade e nível nutricional.
Na prática, dietas com maior teor de alimentos concentrados (maior nível energético) promovem maiores ganhos de peso e maior rendimento de carcaça pela maior deposição de gordura e menor conteúdo gastrintestinal. Animais magros no início de engorda apresentam entre 48 e 51% de rendimento de carcaça e são abatidos com rendimentos entre 50 e 56%.
GRADUANDOS EM ZOOTECNIA DA UNESP DE DRACENA
ANDERSON AUGUSTO DOS SANTOS
WILSON INÁCIO DA SILVA FILHO

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