QUARTA TÉCNICA - A etologia pode ser um indicativo de carne de melhor qualidade?

QUARTA TÉCNICA - A etologia pode ser um indicativo de carne de melhor qualidade?

De uma forma sucinta e objetiva, pode-se conceituar a etologia ou comportamento animal como sendo tudo aquilo que o animal faz e/ou é capaz e inclui todas as maneiras de interação dos animais com outros organismos e o ambiente físico.

O comportamento dos bovinos apresenta uma grande amplitude de características altamente complexas e interativas, bem como altamente variáveis, em função de questões ambientais e particularidades dos indivíduos e pode ser dividido em três principais categorias, sendo elas: 

  1. Comportamento social; 

  2. Comportamento reprodutivo;

  3. Comportamento alimentar/ingestivo.

Dessa forma, o acompanhamento do comportamento animal é uma questão muito importante para lidar com os fatores estressantes que possam estar afetando esses animais. Isso porque, o manejo incorreto pode causar grandes danos à qualidade da carne.

O glicogênio muscular é o substrato principal responsável pela formação de ácido lático na fase pós abate, fase essa que é comumente afetada pelo estresse em decorrência de um mal manejo que não respeita os princípios do bem-estar que compõe a etologia animal.

 Desta forma, esse glicogênio presente em níveis adequados, é o indutor da queda de pH muscular e do desenvolvimento das características físicas e químicas responsáveis pela qualidade da carne, seguindo os padrões normais e embora o nível de glicogênio varie de acordo com o músculo, a espécie, e o nível nutricional do animal, a maior ou menor quantidade do mesmo é devida principalmente ao nível de estresse pré-abate a que o animal foi submetido.

O temperamento animal é avaliado durante o manejo de estresse na fazenda e pode ser utilizado como indicador para desempenho zootécnico e qualidade da carne, pois representa quanto o animal estar suscetível ao estresse e os produtores já observam que o temperamento animal possui vantagem dentro da cadeia produtiva pois princípios como a etologia, a produtividade e o retorno econômico são índices convergentes.

Por isso, seguem algumas medidas práticas que devem ser tomadas no manejo pré-abate que podem assegurar a qualidade do produto final:

  • Seleção para comportamento e desempenho;

  • Descartar os animais mais reativos;

  • Familiarizar a interação frequente e positiva entre animal/manejador;

  • Cuidado no manejo pois deve ser eficiente e o mais silencioso possível, e lembre-se:     Qualquer excesso nesse momento pode prejudicar todo o trabalho efetuado durante a cadeia produtiva!

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