Métodos de Diagnóstico Parasitológico

Métodos de Diagnóstico Parasitológico

Animais de produção são criados com o objetivo de atingir o peso maduro para comercialização o mais rápido possível, ou seja, manejados e alimentados de forma que seu custo e tempo de engorda sejam os menores, aumentando assim as margens de lucratividade do produtor.

Para que o animal possa expressar o máximo de desempenho produtivo, é necessário que alguns fatores sejam levados em conta, e seguidos da maneira mais efetiva possível.

Por outro lado, mesmo que sejam fornecidas condições para que o rebanho alcance os melhores índices produtivos, os animais estão sujeitos a contrair parasitoses intestinais, que além de reduzir a produtividade por dificultar o processo absortivo de nutrientes e reduzir o apetite, por exemplo, podem ainda causar risco a vida do animal infectado. Dessa maneira, a prevenção e tratamento de parasitas se fundamentais a fim de proteger a integridade e manter a produtividade do rebanho.

Para medir a saúde intestinal dos animais, utiliza-se uma metodologia a fim de mensurar o grau de infecção e designar o melhor tratamento, controle e prevenção das verminoses. 

A técnica de contagem de ovos por grama de fezes, mais conhecida como exame de OPG, é a metodologia mais seguida ao redor do mundo, precisamente o Método de McMaster.

O processo consiste em coletar as fezes diretamente do reto do animal, posteriormente, as amostras devem ser identificadas de acordo com o número do animal e armazenadas em uma caixa térmica com gelo, para em seguida serem destinadas ao laboratório.

Para a preparação das amostras é necessário produzir uma solução salina de 40% de concentração (400g de sal para 1 L de água). Pesa-se 2 gramas das fezes coletadas, que em seguida são misturadas a 28 mL da solução salina. A mistura deve ser então filtrada utilizando uma gaze. 

Após a filtragem, o conteúdo deve ser homogeneizado e em seguida, com a utilização de uma pipeta, deve-se retirar uma amostra e preencher a Câmara de McMaster, de maneira que sejam evitadas a formação de bolhas.

Para a leitura das amostras é utilizado um microscópio óptico no aumento de 100x (lente objetiva de 10). A Câmara de McMaster é formada por duas partes (imagem 1), que estarão preenchidas pela solução da amostra.

 

Após a realização da contagem, a quantidade de ovos de ambos os lados da câmara devem ser somadas (imagem 2), e então o resultado multiplicado por 50, determinando assim a quantidade de ovos por gramas de fezes (OPG).

A contagem deve ser realizada de maneira que sejam considerados apenas os ovos presentes na parte interior das bordas do quadrado presente na câmara, conforme imagem 2.

Tendo múltiplas espécies compondo o grupo, e levando em consideração a semelhança entre os ovos que podem ser encontrados, apesar do exame de OPG ser capaz de quantificar os ovos no sistema intestinal do animal, é necessário que outro exame seja realizado para identificação das espécies de parasitas, a coprocultura.

Existem várias técnicas de coprocultura, porém a mais utilizada é conhecida como técnica de Roberts O’Sullivan.

Nessa técnica, as fezes devem ser coletadas diretamente do reto do animal, em seguida de 20 a 30g de fezes frescas devem ser misturadas a serragem (preferencialmente serragem de pinho esterilizada, que será responsável por evitar o crescimento de fungos), na proporção de 2 partes de serragem para 1 parte de fezes, homogeneizando a mistura. O conteúdo é colocado em um recipiente e coberto, sendo mantido dessa maneira por cerca de 7 a 10 dias.

Passados os dias, é necessário coletar as larvas e preencher o frasco de cultivo com água em temperatura morna, tampando o frasco utilizando uma placa de Petri, invertendo-as e adicionando de 5 a 10 mL de água (imagem 3).

Após aguardar entre 3 e 4 horas após completar o processo anterior, utilizando uma pipeta, é necessário coletar o conteúdo da placa de Petri, que posteriormente será levado para análise no microscópio.

Animais criados no campo estão sujeitos à parasitoses, especialmente os mais jovens. Porém, a identificação da contaminação do parasita apenas visualmente em bovinos e equinos é dificultada por ser subclínica (não demonstrar sintomas aparentes), a não ser quando já se encontra em estágios já avançados, no qual os animais já apresentam sinais de emagrecimento, redução na qualidade da pelagem, fraqueza, perda de apetite e até mesmo anemia.

Em ovinos e caprinos a parasitose é muito mais grave, por se apresentar de forma clínica, podendo evoluir rapidamente para quadro clínico agudo, aumentando o índice de mortalidade.

Sendo assim, a implantação de protocolos parasitológicos se faz necessário para que a saúde e produtividade do rebanho sejam mantidas da melhor forma, promovendo assim que a lucratividade da propriedade apresente bons índices, além de melhorar a qualidade do produto.

A utilização de um bom equipamento de contenção nos manejos de vermifugação acelera o processo e permite que a qualidade e efetividade do protocolo sejam maiores, além de garantir que a aplicação de medicamentos injetáveis seja realizada de maneira mais segura, evitando possíveis acidentes, abcessos e danos na produtividade e sanidade dos animais.

 

 

 

 

Sobre a COIMMA

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